PERPÉTUOS SUCESSORES DE SÃO PEDRO: o sedevacantismo nega? Resposta ao blog "Unam Sanctam"

30/12/2023

Refutação ao post do blog Unam Sanctam (que literalmente copia e cola os artigos do blog norte americano "True Or False Pope" (no caso, eles transcreveram uma parte do capítulo 1 do risível livro destes leigos) dos leigos da FSSPX John Salza e Robert Siscoe, que nos acusa de negar o dogma dos Sucessores Perpétuos de São Pedro.


Introdução

O Papa tem perpétuos sucessores em seu primado, é um dogma de fé, ou seja, aquele que o nega é um herege e está anatematizado, conforme o Concílio do Vaticano. Essa doutrina é tão clara e lógica para nós, sedevacantistas (ao menos deveria ser) que não deveria existir uma brecha para os galicanos e continuístas usarem ele contra nós, como no caso do Carlos Nougué em seu minúsculo "Do Papa Herético" e agora o blog "Unam Sanctam", que acreditam estar refutando o sedevacantismo com um argumento que parece mais analfabetismo funcional do que produção intelectual.

1) Objeção do blog Unam Sanctam

Objeção. Os sedevacantistas afirmam que não tivemos um sucessor de São Pedro nas últimas seis décadas (ou mais), e alguns tentam limitar o ensino do concílio a afirmar que o ofício de Pedro continuará até o fim dos tempos (ou seja, que o primado não morreu quando Pedro morreu), mas não que haverá "sucessores perpétuos no primado". Eles sem dúvida admitirão que aqueles que são eleitos para servir no "ofício perpétuo" (e que eles pessoalmente aceitam como sendo o verdadeiro Papa) são os sucessores de São Pedro no mesmo primado, mas, novamente, sua posição exige que eles neguem o ensinamento claro do Concílio de que haverá uma linha perpétua de sucessores até o fim.

Resposta. É falso que nós sedevacantistas afirmamos que, embora o primado seja perpétuo, não há sucessores (primazes) perpétuos. Em primeiro lugar, os nossos opositores tendem a imaginar que negamos esse dogma porque pensam que a sucessão perpétua requer necessariamente que após a morte do último sucessor de São Pedro, imediatamente se deve ter outro, caso contrário a Igreja acabaria. Tal imaginação do blog Unam Sanctam é no mínimo infantil por ser tão dissonante da realidade, principalmente quando se fala em história eclesiástica, pois, no Cisma do Ocidente quanto tempo ficou a Sé Vacante durante o cisma dos três "papas"? Ora, inclusive a solução para tal crise, de acordo com o Compêndio de História Eclesiástica do Frei Dagoberto e de acordo com o Pe. Dr. Arriaga foi um Concílio Geral Imperfeito, ou seja, a mesma solução que nós, sedevacantistas damos para a crise atual.

Ademais, fica claro no mesmo Concílio do Vaticano, no texto que precede o mesmo cânon dos Perpétuos Sucessores que: ¨Ninguém certamente duvida, pois é um fato notório em todos os séculos, que S. Pedro, príncipe e chefe dos Apóstolos, recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador e Redentor do gênero humano, as chaves do reino; o qual (S. Pedro) vive, governa e julga através dos seus sucessores¨, ou seja, a sucessão perpétua é algo notório em todos os séculos, e no século XX essa sucessão foi notória, embora interrompida por um longo período até agora, na segunda década do séc. XXI. Será que quando o concílio fala "em todos os séculos" significa literalmente 100 anos desde a morte do último sucessor de São Pedro ou será que se refere aos séculos em si mesmo, tal como séc. I, II, II,...XXI? Bom, se for, temos ou até 2058 ou até o final do séc. XXI para que essa Sucessão seja notória, ou seja, para que ela continue com o sucessor de S.S. Pio XII.

CONCLUSÃO

A posição sedevacante jamais negou o dogma da Perpétua Sucessão Petrina, apenas denunciamos que desde a morte de S.S. Pio XII a Sé de Pedro foi usurpada por seus inimigos, tal como o próprio Dom Frei Vital Maria Gonçalves denunciou na obra "A Maçonaria e os Jesuítas", tal como foi denunciado pelo Pe. Dr. Joaquim Saenz y Arriaga nos anos 70 assim como outros sacerdotes que chegaram no mínimo a por em questão o papado de João Paulo II, por exemplo, como no caso de Mons. Marcel Lefebvre, que embora não tenha abraçado a posição sedevacante, durante o falso papado de João Paulo II o denunciou como um "agente da maçonaria universal" em seu livro "A Vida Espiritual" (editora Permanência), tal como Dom Castro Mayer denunciou no livro "O Pensamento de Dom Mayer" (editora Permanência), ou seja, que quem segue o Concílio Vaticano II está em cisma (fora da Igreja). Portanto, Unam Sanctam, estudem mais, pois ainda estão longe de nos refutar.

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