AS HERESIAS DE "FREI" TIAGO DE SÃO JOSÉ (CHRISTIAN)

31/08/2023

No início e final de agosto de 2023, no canal "Coetus Fidelium" do YouTube, Christian (chamado pelo pseudônimo de "Frei Tiago de São José") foi convidado a participar de um diálogo fraterno em dois vídeos intitulados de "Questões Polêmicas do Sedevacantismo com Frei Tiago de São José" dividido em duas partes. Christian trata de 13 assuntos, a saber:

1) Do Papado de Inocêncio II na França enquanto o Antipapa Anacleto II. Também no Cisma do Ocidente houve o caso do Antipapa João XXIII que residia em Roma, do Antipapa Bento XIII e do Papa (verdadeiro) Gregório XII que residia na França. Logo, não seria necessário que o Papa seja eleito em Roma;

2) Da declaração de Mons. Thuc acerca da total vacância da Sé, trata do que é necessário, na visão dele: a manifestação da fé, pois ele alega que a Igreja não é uma estrutura inabalável (?) e sim uma fé inabalável;

3) Daqueles que ele taxa de sedevacantistas "eternos" ou "perpétuos" alegando que eles não querem um Papa;

4) Afirma que o Sucessor de São Pedro não precisa suceder em Roma para ser Papa;

5) Alega que o Cardeal Caetano é São Caetano cuja festa é celebrada no dia 7 de agosto;

6) Diz que a Igreja é sempre hierárquica (embora ele não se sujeite a nenhum bispo) e que só não há Papa hoje porque os sedevacantistas "perpétuos" não querem;

7) Alega que nós, sedevacantistas, dizemos que Deus irá "enviar um Papa vindo do Céu" e confiamos apenas em profecias de revelações privadas;

8) Afirma que, para um conclave ser válido na situação atual da crise na Igreja, é necessário que todos os Bispos, sejam eles modernistas, cismáticos, galicanos etc., sejam convidados. Pois o que importa é que as pessoas reconheçam que estes são Bispos, e não a validade de seu sacerdócio ou se possuem jurisdição.

9) Afirma que qualquer um que se apresente como Bispo, independentemente de sua linhagem apostólica (se tiver) ou fé, basta que queira se submeter ao novo papa para ter DIREITO de participar ativa e passivamente no conclave.

10) Afirma que, essas pessoas que "se apresentam como bispos" "guardam a hierarquia", independentemente do poder das ordens ou se possuem sucessão apostólica.

11) Afirma que o Pe. Cekada é o mestre dos galicanos e que o mesmo tem uma doutrina falsa acerca de "como a Santa Sé pode ser preenchida novamente", e o motivo do Pe. Cekada seria (segundo Christian) o fato de ele ser galicano. Ele afirma que os sedevacantistas reconhecem a estrutura hierárquica modernista.

12) Alega que ser "sedevacantista totalista" é o mesmo que desejar a vacância da sé para sempre.

13) Afirma que "uma coisa é a lógica da fé e outra a dos princípios", que os dogmas estão baseados nesses princípios dessa "construção do conhecimento e sabedoria dos princípios"(?).


INTRODUÇÃO

Tendo exposto as 13 bobagens que Christian afirmou no vídeo do Canal Coetus Fidelium, resta agora sistematizar seus erros históricos e dogmáticos (sendo esse o mais frequente, não apenas no vídeo em questão, mas em todos os vídeos em que Christian fala sobre como extinguir a vacância da Sé nos tempos atuais), sendo os erros históricos (anacronismos e falsificação) e dogmáticos (heresias) os que dão base às argumentações subsequentes.


ERROS HISTÓRICOS

Os primeiros erros cometidos trata-se de falsificações do entendimento e do contexto no qual ele utiliza do conclave de 1130 no qual houve uma dupla eleição (Inocêncio II e o Antipapa Anacleto II), alegando que Inocêncio II não residia em Roma, e o Antipapa sim. Logo, Christian poderia eleger um Papa fora de Roma.

Para mostrar que tal interpretação é deturpada, utilizarei a obra de Frei Dagoberto Romag, O.F.M, intitulada de "Compêndio de História da Igreja", no volume 2, onde ele afirma que:

Compelidos pelos manejos do indigno e ambicioso Pierleoni, dezesseis cardeais elegeram, a toda pressa, o cardeal Gregório, que tomou o nome de Inocêncio II (1130-43; PL 179, 26 ss). Mas a maioria dos cardeais deu, três horas depois, os seus votos a Pierleoni, que se chamou Anacleto II (1130-38); e quase toda a cidade, ganha pelo dinheiro, o reconheceu.[1]

O primeiro a ser eleito foi Inocêncio II, reconhecido como verdadeiro papa (até mesmo pelo Christian), eleição que se deu em Roma, não na França, evidenciando mesmo historicamente que só sucede a São Pedro no Pontificado Universal aquele que sucede como Bispo de Roma. Mas por que Inocêncio II é retratado como um Papa que viveu na França? Resposta:

Inocêncio teve de deixar a cidade e fugiu para a França. O rei Luís VI contou, no sínodo de Etampes (1130), a decisão a S. Bernardo, figura mais eminente do seu tempo. O santo pronunciou-se a favor de Inocêncio por ser este mais digno, por ser anterior a sua eleição e por ser feita pela pars sânior dos cardeais. Julgava, finalmente, que na eleição de Inocêncio se tivessem observado melhor os cânones, o que, no entanto, não se pode sustentar. Movidos por S. Bernardo e S. Norberto, os reis da França, da Inglaterra e da Alemanha declararam-se, dentro de um ano, por Inocêncio, enquanto a obediência de Anacleto se limitava à Escócia e à Itália inferior com a Sicília, onde Rogério II (1101-54), estadista genial, organizou um reino poderoso, e de Anacleto recebeu o título de rei.[2]

Então, vemos que o Antipapa Anacleto II não foi aclamado por toda a Igreja universal – coisa que Christian afirmou, como se nós sedevacantistas alguma vez tivéssemos afirmado tal coisa que é contrária à Bula Cum Ex Apostolatus Officio do Papa Paulo IV –, mas sim na Escócia e Itália inferior com a Sicília, enquanto Inocêncio II tinha apoio de São Bernardo de Claraval, São Norberto, de Luís VI, da Alemanha e da Inglaterra. Vale ressaltar que Inocêncio II não foi eleito na França, mas que viveu lá em exílio, algo que não o impede de ser Romano Pontífice. Também é um erro afirmar que Inocêncio II transferiu a Sede Apostólica para a França (nenhum historiador católico afirma isso), pois logo que cessou o cisma, Inocêncio II retornou à Roma:

Inocêncio II pôde, pois, em 1133, acompanhado por Lotário, voltar a Roma, onde deu a seu protetor a coroa imperial, na basílica do Latrão. O Vaticano ainda se achava nas mãos de Anacleto. Por ocasião da coroação foi resolvida a questão dos domínios de Matilde da Toscana. A marquesa entregara os vastos domínios da sua família à Santa Sé, "pela salvação da sua alma" (Baron., Annal. 1102, 20). Henrique V, porém, os reclamara para si como feudo do império. Lotário reconheceu o domínio alto da cúria pontifícia, recebeu-os, porém, como feudo do papa, passando-os, por sua vez, ao guelfo Henrique, o Soberbo, da Baviera, que assim se tornou vassalo da Santa Sé. Como, no entanto, na cúria romana se concebia a condição do imperador, bem o mostrou um quadro no palácio do Latrão, que apresentava Lotário ajoelhado diante de Inocêncio. A inscrição ao pé do quadro chamou-o homo papae, vassalo do papa. Depois da retirada do imperador, Inocêncio foi, de novo, expulso da cidade. Reconduzido, mais uma vez, por Lotário (1136), só teve paz, quando Anacleto foi surpreendido pela morte. Os Pierleoni elegeram um novo antipapa, Vitor IV, que porém, dois meses após, se submeteu. Mais do que as tropas do imperador valeram ao papa as palavras inflamadoras de S. Bernardo. Para remediar os males do cisma, convocou Inocêncio o 10° concílio ecumênico, o 2º lateranense (1139). Compareceram cerca de mil prelados. Os eclesiásticos ordenados e instituídos por Anacleto foram depostos. Rogério II, o sustentáculo principal do cisma, foi excomungado. Mas, depois de uma guerra infeliz, o próprio papa foi preso, e teve de absolver Rogério, de reconhecê-lo como rei e de dar-lhe, de novo, a Sicília e a Apúlia como feudos. Trinta cânones visaram a reforma da disciplina. E como, pela agitação de Arnoldo de Bréscia, muitos eclesiásticos fossem maltratados, foi publicado, em particular, o privilegium canonis (Mansi 21, 523 ss; CG V 438 ss).[3]

Como disse Fr. Dagoberto, o Papa Inocêncio II teve um pontificado difícil de se exercer, tendo sido necessário um Concílio geral para resolver a situação. Sobre a excomunhão de todos os eclesiásticos ordenados e instituídos pelo Antipapa Anacleto II, por que tal se deu? Eis:

Pietro, de ascendência judaica, nasceu na poderosa família romana dos Pierleoni, filho do cônsul Pier Leoni. Como filho segundo e ambicioso, foi destinado à carreira eclesiástica. Estudou em Paris e entrou na abadia beneditina de Cluny. Mais tarde foi para Roma e desempenhou diversos cargos importantes. Em 1130 o Papa Honório II estava a morrer e Pierleoni estava determinado a suceder-lhe, mesmo que isso lhe custasse enormes subornos. Apesar do apoio dos habitantes e das famílias mais nobres da cidade, os inimigos políticos de Pierleoni agiram de contra os projetos e obrigaram o cardeal Gregorio Papareschi a candidatar-se. Este acabou por ser eleito como Papa Inocêncio II, mas a facção dos Pierleoni não aceitou o resultado e proclamou-o Anacleto II. Ambos os homens foram coroados papa a 23 de Fevereiro, começando assim o cisma.[4]

Vemos, então, que a história eclesiástica e seus acontecimentos conturbados não são possíveis de se relatar de modo tão simplista. Não foi um "papa que nunca pisou em Roma e ficou na França até a morte, ou seja, o Inocêncio II, enquanto o Antipapa estava em Roma", ninguém deve acreditar nos absurdos ditos por Christian, pois ele sequer sabe de História Eclesiástica, algo que é esperado, pois ele nunca passou por formação em nenhum seminário. Christian é o típico aluno brasileiro de Ensino Médio que, ao se juntar à uma equipe para realizar uma atividade imposta pelo docente, não faz absolutamente nada, mas quer receber a nota máxima no dia da apresentação. Um tremendo safado.

Resta falar dos demais antipapas citados por ele, a saber: João XXIII, Bento XIII e Gregório XII, e para tal, nossa fonte será o Doutor das Controvérsias São Roberto Belarmino, que em tempos de cisma onde não se sabe quem é o verdadeiro papa, como no caso destes três, deve-se lembra que "um papa dúbio é tido por não papa, e, portanto, ter poder sobre ele não é ter poder contra o papa", [5]ademais, São Roberto afirmou isso avaliando o caso destes 3 papas dúbios, ou seja, é mentira que Gregório XII era o verdadeiro papa fora de Roma enquanto o que se assentava em Roma era um Antipapa.


ERROS DOGMÁTICOS (SOBRE A FÉ)

Um dos erros sobre a fé (heresias) de Christian versa sobre a Sucessão no Primado de São Pedro. Ele afirma que não é necessário que o Papa seja eleito em Roma, e, portanto, ele poderia ser eleito em qualquer lugar desde que houvesse pessoas de boa vontade na eleição.

Os princípios nos quais Christian fundamenta sua opinião (pois é de todo distante da doutrina da Igreja) são as mentiras históricas que ele mesmo propagou no vídeo do canal do Coetus Fidelium, ou seja, sua opinião já está refutada em sua base. Mas, para a instrução daqueles que "veem de longe" tudo o que está acontecendo e não entendem do que se trata, farei uma breve exposição do que São Roberto Belarmino ensina sobre a Sucessão do Primado Petrino.

Em primeiro lugar, juntamente com São Roberto, defendo que ninguém pode ser eleito papa validamente sem que este seja ao menos eleito em Roma, ainda que posteriormente seja forçado a deixar Roma por risco de morte, como já ocorreu com Inocêncio II.

Ora, que esse sucessor de Pedro seja o Romano Pontífice é algo que pode ser facilmente provado. Com efeito, não há nem jamais houve alguém, além do bispo de Roma e do de Antioquia, que tenha afirmado de qualquer modo ser o sucessor de Pedro, ou que tenha sido considerado como tal. Mas o bispo de Antioquia não sucedeu a Pedro no pontificado de toda a Igreja, pois não se sucede senão àquele que cedeu o lugar, ou pela morte natural, ou pela morte legítima, isto é, por deposição ou renúncia. Pedro, porém, enquanto ainda vivia e administrava o pontificado, deixou a Igreja de Antioquia, e fixou sua sé em Roma, como já demonstramos na questão precedente. Resta, pois, que o romano pontífice, que sucedeu a Pedro quando este morreu na cidade de Roma, sucedeu ao mesmo Pedro em toda a sua dignidade e poder.[6]

Continua o santo Doutor, ao falar sobre a sucessão e o sistema de sucessão:

[...] uma coisa é a sucessão, e outra o sistema da sucessão. Pois a sucessão do romano pontífice no pontificado de Pedro acontece por instituição de Cristo, ao passo que o sistema de sucessão, pelo qual quem sucede a Pedro é o romano pontífice, e não o de Antioquia ou algum outro, teve início pelo feito de Pedro. A sucessão, digo eu, é ela mesma de instituição de Cristo e de direito divino, porque o próprio Cristo instituiu em Pedro o pontificado que havia de durar até o fim do mundo. E, portanto, quem quer que suceda a Pedro recebe de Cristo o pontificado. Mas que o bispo de Roma, por ser bispo de Roma, seja o sucessor de Pedro, isso teve início com o feito de Pedro, e não com a instituição primeira de Cristo. Pois Pedro poderia não ter jamais escolhido alguma sé particular para si, como fez nos primeiros cinco anos. Nesse caso, com a morte de Pedro, nem o bispo de Roma nem o de Antioquia ter-lhe-iam sucedido, mas aquele que a Igreja escolhesse para si. Ele poderia também ter permanecido sempre em Antioquia, e então sem dúvida o bispo de Antioquia ter-lhe-ia sucedido. Mas, porque ele fixou sua sé em Roma, e a deteve até à morte, por isso aconteceu que o romano pontífice lhe sucede.[7]

Sobre ser de direito divino ou de fé católica que o Bispo de Roma sucede a São Pedro no Supremo Pontificado:

[...] embora talvez não seja de direito divino que o romano pontífice suceda a Pedro na prefeitura de toda a Igreja por ser romano pontífice; contudo se alguém perguntar, em absoluto, se o romano pontífice é pastor e cabeça de toda a Igreja por direito divino – a resposta deve ser de todo afirmativa. Pois para isso não se requer nada mais do que que a própria sucessão seja de direito divino, isto é, que o ofício ordinário de governar toda a Igreja com o poder supremo não seja instituído pelos homens, mas imediatamente por Deus. [...] Deve-se observar, em terceiro lugar, que embora talvez não seja de direito divino que o romano pontífice suceda a Pedro como romano pontífice; contudo isso pertence à fé católica. Com efeito, não é o mesmo que algo seja de fé e que seja de direito divino. Por exemplo, não foi de direito divino que Paulo tivesse uma pênula, contudo esse mesmo fato, que Paulo teve uma pênula, é de fé. Ora, muito embora as Escrituras não afirmem expressamente que o romano pontífice sucede a Pedro, contudo se deduz com evidência das Escrituras que alguém deve suceder a Pedro. Que esse alguém seja o romano pontífice é afirmado pela tradição apostólica de Pedro, tradição essa que os Concílios Gerais, os decretos dos pontífices e o consenso dos Padres declararam. [...] Disso se segue que quem é eleito como bispo de Roma torna-se, por isso mesmo, sumo pontífice de toda a Igreja, ainda que talvez os eleitores não exprimam esse fato.[8]

Ainda assim, Christian fica estupefato quando afirmamos que o Papa, mesmo nas condições atuais, não possa ser eleito por qualquer um que tenha "boa vontade" em qualquer lugar. Ele acredita que é possível ser eleito Bispo de Roma fora de Roma. Mais uma vez o Doutor das Controvérsias é o nosso baluarte:

A dignidade pontifical, desde que foi primeiramente instituída por Cristo, foi sempre pessoal. Contudo ela se tornou depois local, pelo feito de Pedro, ou antes mista, e não sem permissão divina. Digo que ela foi inicialmente pessoal porque não foi vinculada por Cristo a nenhum lugar em particular, mas conferida absolutamente à pessoa de Pedro. Por outro lado, afirmou que ela foi pessoal de tal modo a ser pública, e não privada. Chama-se privilégios pessoais privados aqueles que se dão a uma pessoa somente para si; privilégios pessoais públicos, por sua vez, são aqueles que são dados a alguma pessoa e aos seus sucessores. Contudo, visto que Pedro posteriormente fixou sua sé em Roma, esse privilégio tornou-se também local, e em seguida misto, porque foi vinculado à cidade de Roma, enquanto os sucessores de Pedro retêm sua sé em Roma. Pois, se a sé fosse transferida a outro lugar por ordem divina, os bispos de Roma não seriam mais bispos de toda a Igreja. Digo, se a sé fosse transferida ela mesma, de modo que aqueles que agora são romanos pontífices passassem a ser bispos de algum outro lugar. A mera ausência dos pontífices da cidade não basta para dizer que a sé foi transferida. E isso tudo foi dito hipoteticamente, porque não cremos que jamais venha a acontecer que a sé de Pedro seja transferida para algum outro lugar.[9]

Vimos, então, que devido ao fato de Pedro ter fixado sua sé em Roma, o privilégio torna-se também vinculado à cidade de Roma, sendo então necessário algo além de simplesmente um Concílio Geral Imperfeito para prover a Igreja quanto a sua cabeça. É necessário antes que todos se sujeitem aos Bispos verdadeiramente católicos e trabalhem com eles para a propagação da verdade e combate aos hereges. É necessário antes convencer a todos a pararem de ir em suas paróquias, cessarem de contribuir financeiramente e promover protestos e movimentos que exijam a retirada de Bergoglio e de todos os modernistas do Vaticano, pois os católicos, com isso, demonstrariam não os reconhecer sequer como sacerdotes, e sim como usurpadores hereges. Por isso, a melhor solução é a solução de São Bernardo de Claraval, ou seja, através da pregação e do exemplo de vida, convencer a todos e ao poder civil para retirar os usurpadores de onde eles estão. Nós, sedevacantistas, não desejamos a perpétua vacância da Sé Apostólica, o que nós não desejamos são meios inovadores que mais causam cismas do que soluções.


E NOSSA SENHORA DA "PANELA"?

Agora, por puro entretenimento, e para que as pessoas saibam quão perturbada é a mente deste lobo herege, aqui vai um fato histórico ocorrido em Atibaia – SP em um período em que Christian brincava de frei no Brasil:

Aparição de suposta imagem de Nossa Senhora Aparecida no fundo de uma vasilha de alumínio em Atibaia deixou o religioso impressionado:

- "Sem dúvida algum tem sinal de Deus nessa manifestação", afirmou o frei carmelita Tiago de São José, que celebra missas na Paróquia São Pedro, no bairro do Portão, em Atibaia à 65 quilômetros de São Paulo, onde a suposta imagem de Nossa Senhora Aparecida apareceu no fundo da panela de uma dona-de-casa.
O frade contou que apenas viu fotos da imagem e diz ter ficado impressionado com a perfeição dos traços, inclusive com o dourado da coroa e do entorno do manto. Mesmo que não seja manifestação sobrenatural, o efeito, geralmente, é positivo porque evoca sentimentos de fé, piedade, esperança, amor e paz. Leva as pessoas a pensarem mais em Deus e na realidade sobrenatural.
O monsenhor Giovanni Barrese, da Diocese de Bragança Paulista, que também atende a cidade de Atibaia, afirmou que que é indispensável a realização de uma série de investigações e análises técnicas que excluam todas as causas naturais que possam gerar o aparecimento da suposta imagem.
A dona-de-casa Silmara Batista de Almeida, de 39 anos, e a filha Letícia, de 16, lavavam a louça do jantar, dia 10 de julho, quando foram surpreendidas pela suposta imagem da santa no fundo da panela. "Depois que enxaguei a panela, minha filha perguntou se eu ia tirar a Nossa Senhora. Comecei a tremer e a chorar", contou Silmara que havia pedido em orações, à padroeira do Brasil, porque o marido encontrava-se doente havia três semanas. "A gente vive do dinheiro do trabalho dele, que tem uma olaria, mas, como estava mal de saúde, fiquei com medo de passar necessidade."
Dois dias depois do suposto aparecimento de Nossa Senhora na panela, Nelson Roque de Almeida, de 43 anos, o marido de Silmara, estava recuperado de um princípio de pneumonia. A família é devota de Nossa Senhora. Todos os anos vão à Aparecida. Na casa, na casa há três estátuas e dois pôsteres da santa. "Fui curado por Nossa Senhora, contou Almeida, que improvisou um altar em cima do fogão com flores, velas e santinhos, deixando a panela exposta a quem quiser conferir a suposta aparição. Desde então moradores do Portão estão indo a casa de Silmara para observar a imagem.
(Por LUCIANA ACKERMANN)
Fonte: Diário de São Paulo


Além disso, o herege Christian disse que o Pe. Cekada é o "mestre dos galicanos". Pura calúnia e sinal de uma imoralidade intelectual da parte de Christian. Logo abaixo há um link em que o Pe. Cekada desmente o falso frei Tiago, que deveria, sim, ser chamado de "frei diabo".

Alguém admitir o concílio imperfeito e ainda assim não pôr em prática por algum motivo, não faz dele um galicano. Todavia, esse não era o caso do Padre Cekada, porque ele rejeitava essa possibilidade, ao contrário do que o Cristian desonesta e erroneamente afirmou

Frei diabo está claramente desesperado, necessitando mesmo caluniar um padre finado que teve uma vida ilibada e que, diferente do Christian, combateu o bom combate de forma lúcida, e não como um neurótico.

https://www.seminariosaojose.org/artigos/tradicionalistas-infalibilidade-e-o-papa#apendice5.



[1] FREI DAGOBERTO ROMAG, Compêndio de História da Igreja (1948), p. 124.

[2] Idem.

[3] Idem, p. 124-125.

[4] Loughlin, J. (1907). Anacletus II. In The Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company. Retrieved August 30, 2023 from New Advent: https://www.newadvent.org/cathen/01447a.htm.

[5] SÃO ROBERTO BELARMINO. Disputas sobre a fé cristã: sobre a Igreja (1542-1621), p. 243.

[6] SÃO ROBERTO BELARMINO. Disputas sobre a fé cristã: sobre o Sumo Pontífice (1542 – 1621), p. 295.

[7] Idem, p. 296.

[8] Idem, p. 297-298

[9] Idem, p. 301-302

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